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18/02/2025 | Sua saúde

Saúde mental na terceira idade: dicas para envelhecer bem

É preciso ter cuidado com a saúde mental na terceira idade. Entenda os cuidados necessários para envelhecer com qualidade de vida.

Por: Leve Saúde

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Tema

1. Introdução

Envelhecer é uma fase natural da vida que traz consigo diversas mudanças, tanto físicas quanto emocionais. Você sabia que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 13% das pessoas entre 60 e 64 anos no Brasil foram diagnosticadas com depressão? Esse dado nos mostra a importância de cuidar da saúde mental na terceira idade. 

À medida que envelhecemos, é comum enfrentarmos desafios como a perda de entes queridos, a aposentadoria e a adaptação a novas rotinas. Mas será que estamos preparados para lidar com essas mudanças? O que podemos fazer para manter nossa mente saudável e ativa nessa fase? 

Neste conteúdo, vamos explorar dicas práticas para manter a saúde mental em dia, promovendo um envelhecimento com mais qualidade de vida. Afinal, cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo

Boa leitura! 

2. Por que cuidar da saúde mental na terceira idade?

O envelhecimento traz mudanças significativas para o corpo e a mente. Muitas vezes, damos mais atenção à saúde física, mas o bem-estar emocional é igualmente essencial para uma vida plena e equilibrada.

Assim, cuidar da saúde mental na terceira idade significa preservar a qualidade de vida, manter a autonomia e fortalecer os laços sociais. Isso porque o equilíbrio emocional influencia diretamente aspectos como motivação, autoestima e até mesmo a disposição para realizar atividades do dia a dia. 

Além disso, manter a mente ativa e saudável ajuda a lidar melhor com as transformações naturais dessa fase, como novas rotinas, mudanças no convívio social e desafios pessoais. O impacto positivo vai além do emocional: uma boa saúde mental está relacionada à redução do estresse e até ao fortalecimento do sistema imunológico. 

Ou seja, investir no cuidado com a mente na terceira idade não é apenas sobre evitar problemas, mas sobre viver bem. No próximo tópico, vamos entender quais são os principais desafios emocionais que podem surgir nessa fase e por que é tão importante reconhecê-los. 

3. Os desafios da saúde mental na terceira idade

O envelhecimento traz diversas mudanças na rotina e no estilo de vida, e isso pode impactar diretamente a saúde mental. Situações como a saída do mercado de trabalho, a perda de entes queridos e a adaptação a novas condições físicas podem gerar sentimentos de solidão, insegurança e até mesmo dificuldades emocionais mais profundas. 

Com o tempo, algumas funções cognitivas também podem sofrer alterações, como a memória e a capacidade de concentração. Essas mudanças, se não forem acompanhadas com atenção, podem afetar a autonomia e a qualidade de vida do idoso. 

Embora cada pessoa tenha uma experiência única, alguns desafios emocionais são mais comuns nessa fase da vida. A seguir, vamos conhecer quais são os transtornos emocionais e as condições neurológicas que mais impactam a saúde mental na terceira idade. 

3.1. Transtornos emocionais mais comuns

As emoções fazem parte da vida, mas quando sentimentos como tristeza, ansiedade ou preocupação se tornam constantes e interferem na rotina, podem indicar um transtorno emocional. Na terceira idade, isso se torna um ponto de atenção, pois alguns sinais podem ser confundidos com o próprio processo de envelhecimento, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento adequado. 

Alguns dos transtornos emocionais mais frequentes nessa fase são: 

  • Ansiedade: pode se manifestar como preocupação excessiva, medo constante ou irritabilidade. Além disso, sintomas físicos como tensão muscular e insônia são comuns;

  • Depressão: diferente de uma tristeza passageira, a depressão pode gerar desânimo persistente, perda de interesse por atividades e até mudanças no apetite e no sono;

  • Síndrome do pânico: caracterizada por crises intensas de medo e sintomas físicos como taquicardia, suor excessivo e falta de ar. 

Muitas vezes, esses transtornos são subestimados, sendo vistos como parte “natural” do envelhecimento. No entanto, é fundamental reconhecer os sinais e buscar apoio especializado quando necessário. 

3.2. Condições que podem afetar a saúde mental

Além dos transtornos emocionais, existem doenças orgânicas que podem afetar a saúde mental, manifestando sintomas como confusão mental, alterações de humor, dificuldades de memória e comportamento semelhante ao de transtornos psiquiátricos. A detecção precoce é essencial para um tratamento adequado e eficaz: 

  • Deficiência de vitamina B12: ela é fundamental para o funcionamento do sistema nervoso. Sua deficiência pode causar esquecimento, confusão mental, fadiga, irritabilidade e depressão, sintomas muitas vezes confundidos com demência ou transtornos emocionais. A reposição da vitamina pode reverter grande parte dos sintomas quando diagnosticada a tempo;

  • Sífilis terciária (neurossífilis): quando não tratada adequadamente, a sífilis pode atingir o sistema nervoso central, causando dificuldades cognitivas, alterações motoras e sintomas psiquiátricos como alucinações e paranoia. O quadro pode ser confundido com demência ou transtornos psicóticos. O tratamento com antibióticos pode interromper a progressão da doença;

  • AIDS: nos casos em que o HIV não é controlado, o vírus pode comprometer o sistema nervoso, levando à perda de memória, dificuldade de concentração e alterações no comportamento. Esses sintomas podem ser erroneamente diagnosticados como depressão ou demência;

  • Hipotireoidismo e hipertireoidismo: o funcionamento inadequado da tireoide pode ter um impacto direto na saúde mental. O hipotireoidismo pode causar apatia, lentificação do pensamento, dificuldade de memória e sintomas depressivos; já o hipertireoidismo pode levar a ansiedade intensa, insônia, irritabilidade e agitação;

  • Doença de Parkinson: além dos sintomas motores característicos, como tremores e rigidez muscular, o Parkinson pode afetar a cognição e a saúde mental. Muitos pacientes desenvolvem depressão, ansiedade e, em fases mais avançadas, sintomas psicóticos ou demência.

Dessa forma, cuidar da saúde mental também envolve reconhecer esses desafios e buscar formas de enfrentá-los de maneira equilibrada. Muitas dessas condições têm tratamento e podem ser revertidas, melhorando a qualidade de vida do idoso. 

Por isso, consultas médicas regulares e exames laboratoriais são fundamentais para diferenciar transtornos mentais de doenças clínicas, e garantir um envelhecimento mais saudável e equilibrado. 

A boa notícia é que existem hábitos que podem ajudar a manter a saúde mental, prevenindo esses transtornos. Continue acompanhando para descobrir! 

4. Hábitos para manter a saúde mental em dia na terceira idade

Nossa mente precisa de estímulo constante para se manter ativa e equilibrada. Diferente do que muitos pensam, cuidar da saúde mental não significa apenas evitar transtornos emocionais: é sobre cultivar uma rotina que fortaleça o bem-estar e traga mais sentido para essa fase da vida. 

Assim como o corpo, o cérebro precisa de desafios, interações e descanso adequado para funcionar bem. Por sorte, há muitas formas acessíveis e simples de transformar o dia a dia em um espaço de mais vitalidade, conexão e alegria. A seguir, abordaremos três hábitos essenciais para manter a mente saudável e ativa. 

4.1. Cuidado com o corpo e a mente

O corpo e a mente estão profundamente conectados. Quando nos movimentamos, comemos bem e dormimos adequadamente, nosso cérebro responde com mais clareza, disposição e equilíbrio emocional. A atividade física, por exemplo, é uma das formas mais eficazes de fortalecer a saúde mental. 

Estudos indicam que idosos fisicamente ativos têm 30% menos chances de desenvolver demência e reduzem o risco de depressão de forma significativa. O exercício estimula a liberação de endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, ajudando a reduzir o estresse e a ansiedade. 

Além disso, a alimentação equilibrada tem um papel essencial. Certos nutrientes, como ômega-3, antioxidantes e vitaminas do complexo B, contribuem para a proteção do cérebro e a manutenção da função cognitiva. Já o sono adequado auxilia na recuperação mental e física, prevenindo o cansaço excessivo e melhorando a capacidade de concentração.

Mas como incorporar esse hábito na rotina? 

  • Nem todo mundo gosta de academia, e tudo bem! Dança, hidroginástica, jardinagem ou caminhadas ao ar livre podem ser ótimas opções. O importante é encontrar algo prazeroso;
  • Frutas vermelhas, castanhas, azeite de oliva e peixes ricos em ômega-3 ajudam a preservar a função cerebral

  • Criar uma rotina de horários, evitar telas antes de dormir e investir em um ambiente confortável fazem toda a diferença na qualidade do descanso.

Pequenos ajustes no dia a dia ajudam a fortalecer não só a saúde física, mas também a energia emocional e a disposição para aproveitar cada momento. 

4.2. A importância de uma vida social ativa

A interação social não é apenas um aspecto do lazer — ela tem impacto direto na saúde mental e na longevidade. Estudos mostram que idosos que mantêm relações sociais ativas têm 43% menos chances de desenvolver depressão e podem retardar o início da demência em até cinco anos.  

Conversar, trocar experiências e se sentir parte de uma comunidade estimula o cérebro e ajuda a manter a autoestima e o bem-estar emocional. A solidão, por outro lado, pode aumentar os níveis de estresse, prejudicar a memória e contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Confira dicas para fortalecer os laços sociais na terceira idade: 

  • Encontrar atividades que façam sentido para cada um, como caminhadas, hidroginástica, dança, musculação adaptada ou cursos online são ótimas opções; 
  • Participar de eventos e encontros comunitários, como feiras culturais, grupos de interesse e projetos sociais são boas oportunidades para interagir
  • Chamadas de vídeo e redes sociais são ferramentas valiosas para manter o contato com familiares e amigos que moram longe
  • Ensinar algo que se domina ou descobrir um novo hobby mantém a mente ativa e proporciona um senso de propósito;
  • Exercitar a espiritualidade, seja através da prática religiosa, seja entrando em contato com a natureza, como banhos de mar, cachoeira e caminhadas por trilhas ecológicas.

Com certeza, criar e fortalecer conexões na terceira idade não é apenas uma forma de evitar a solidão, mas uma estratégia essencial para viver com mais alegria e equilíbrio

4.3. Acompanhamento médico e psicológico

Buscar apoio profissional não deve ser um último recurso, mas uma prática contínua de autocuidado. O acompanhamento médico e psicológico é essencial para prevenir, diagnosticar e tratar possíveis transtornos emocionais e cognitivos. 

A psicoterapia, por exemplo, não é apenas para quem está em crise. Ela proporciona um espaço seguro para expressar sentimentos, fortalecer a autoestima e desenvolver estratégias para enfrentar dificuldades. Já o acompanhamento médico com neurologistas e geriatras pode ser essencial para avaliar a saúde cognitiva e indicar intervenções quando necessário. 

Como integrar o acompanhamento profissional ao dia a dia? 

  • Se perceber mudanças persistentes no humor, apetite ou sono, o certo é procurar um profissional para avaliação
  • Compartilhar experiências com outras pessoas pode oferecer novas perspectivas e reforçar o senso de comunidade.

Cuidar da saúde mental não é um sinal de fraqueza, mas sim um investimento na qualidade de vida e no bem-estar futuro. 

Pequenos hábitos diários fazem toda a diferença para a saúde mental na terceira idade. Movimentar o corpo, manter conexões sociais e adotar uma rotina equilibrada são essenciais para o bem-estar. Caso necessário, o acompanhamento profissional pode ser um apoio valioso, mas o mais importante é construir um dia a dia que promova qualidade de vida e satisfação

Não existe uma fórmula única: o importante é encontrar o que funciona para cada pessoa e tornar esses cuidados parte da rotina. Lembre-se: cada escolha fortalece ou enfraquece o bem-estar, impactando a busca por uma vida mais saudável e significativa. 

5. Com a Leve Saúde, envelhecer bem é mais fácil e acessível

Na Leve Saúde, acreditamos que cuidar da saúde mental na terceira idade deve ser simples e acessível para todos. Nossos planos são pensados para garantir um envelhecimento saudável, com suporte especializado e atendimento de qualidade. 

Oferecemos Atenção Primária à Saúde (APS), permitindo que cada beneficiário tenha um médico de confiança para acompanhar sua saúde de forma integral. Nossa equipe multidisciplinar está preparada para oferecer suporte completo, ajudando na prevenção e no tratamento de diversas condições. Também valorizamos a promoção de hábitos saudáveis, sem estigmas, focando sempre no bem-estar e na qualidade de vida. 

Quer saber mais sobre como a Leve Saúde pode cuidar da sua saúde mental e garantir um envelhecimento mais tranquilo? Conheça nossos planos de saúde e encontre a opção ideal para você! 

6. Conclusão

A saúde mental na terceira idade não deve ser vista como um desafio isolado, mas como parte do cuidado integral com o bem-estar. Viver bem nessa fase da vida significa equilibrar mente e corpo, mantendo hábitos que favorecem a autonomia, a disposição e a qualidade de vida. 

Como vimos, pequenas mudanças podem fazer toda a diferença. Manter-se ativo, fortalecer laços sociais e buscar apoio profissional são estratégias que ajudam a lidar melhor com as transformações do envelhecimento, prevenindo não apenas transtornos emocionais, mas também o isolamento e a perda da autoestima. 

Além disso, é essencial lembrar que ninguém precisa passar por esse processo sozinho. Por isso, construir uma rede de apoio, cultivar interesses e reconhecer a importância do cuidado emocional são atitudes que tornam o envelhecimento mais leve e significativo. 

Gostou desse conteúdo e quer continuar aprendendo sobre como cuidar melhor da sua saúde e bem-estar? Acompanhe nosso blog da Leve Saúde! Aqui, sempre compartilhamos textos que ajudam a tornar essa jornada mais informada, segura e saudável. 

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